terça-feira, 28 de junho de 2011

Transporte em Juiz de Fora

     Em nossa cidade o transporte já virou até caso de polícia! Quem não lembra do escândalo do transporte coletivo em anos passados que derrubou o prefeito Bejani?! Aumento abusivo de passagem, congestionamentos, falta de investimento e a negligência do poder público faz com que o transporte local seja deficiente.
    Juiz de Fora, um dos principais pólos econômicos e culturais do Brasil, conhecida pelo seu pioneirismo e desenvolvimento, não está fazendo jus ao título que possui. A cidade, que cresceu desordenadamente nas últimas décadas, não comporta mais o volume de veículos nas ruas e avenidas; as vias, que não recebem nenhum investimento público à bastante tempo, já estão saturadas. Assim, é nesta realidade que milhares de juiz-foranos tentam se deslocar no tumultuado trânsito da cidade.
    Já o transporte coletivo está na mesma situação, o tempo de espera por um ônibus, a precariedade dos veículos e a superlotação desestimulam à utilização deste.   Juiz de Fora precisa crescer não só em desenvolvimento econômico mas, principalmente, em aspectos sociais e o transporte coletivo urbano é uma das prioridades. Precisamos de boas condições de transporte, com segurança, limpeza, cumprimento de horários, mais ofertas de carros, sem que para isso precise aumentar o valor da passagem.
     Mas ainda há esperança! A promessa da construção de dois viadutos na região central prometem "desafogar" e estabelecer maior fluidez  ao trânsito. A futura instalação de uma ciclovia na Zona Norte, região que concentra o maior contingente populacional da cidade, deve estimular o uso de "transportes verdes" e melhorar o trânsito na região. Já uma obra tão aguardada pelos juiz-foranos deve ser inaugurada no mês de agosto: o Aeroporto Regional da Zona da Mata; esta obra é umas das mais importantes no sentido de revigorar o crescimento da região e deve estabelecer uma conexão entre a cidade e os principais aeroportos do país. Sendo assim, cabe à nós, cidadãos, continuar lutando por um transporte de qualidade!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fatores que contribuem para o impacto ambiental dos transportes:

 
Poluição atmosférica: Meios de transporte movidos à gasolina, gás natural, diesel e querosene de aviação são grandes contribuintes para a poluição atmosférica. Estes emitem gás carbônico, monóxido de carbono, gases de nitrogênio e enxofre e substâncias que contém metais pesados, além de fuligem, poluentes que são extremamente danosos à atmosfera do Planeta. Assim, "soluções verdes", como a utilização de energias renováveis e meios de transporte alternativos podem contribuir e muito para a redução desta poluição, além de agregar maior fluidez ao trânsito.

Poluição sonora: Nos grandes centros urbanos, na proximidade dos aeroportos, dos caminhos de ferro, das auto-estradas e de outras rodovias de intenso tráfego as pessoas são, diariamente, confrontadas com ruídos e barulhos ensurdecedores produzidos pelos motores ou buzinas dos automóveis e de outros meios de transporte que circulam por ruas e estradas. Assim a poluição sonora consiste num problema comum no cotidiano de várias pessoas e causam malefícios como a surdez, a irritação das pessoas, o "stress", a alteração do sistema nervoso, a fadiga, a alucinação, as doenças psíquicas. Assim tende se buscar meios de transportes mais silenciosos e que produzem menos ruídos.

Produção da fonte de energia e do veículo: Os meios de transporte usam várias fontes de energia: álcool, gás natural, gasolina, diesel, querosene de aviação, eletricidade, etc. Cada uma dessas fontes tem um impacto ambiental de produção. Por exemplo o impacto ambiental de produção do álcool é alto se comparado com o do gás natural, que exige basicamente a perfuração do poço e a canalização do gás, assim cabe a sociedade se adequar e utilizar a fonte de energia menos poluente. Já a fabricação do veículo consome muitos materiais e recursos energéticos. Aço, plástico e alumínio são os materiais mais utilizados e isto gera um gasto ambiental muito grande, tanto na produção quanto no descarte destes. A utilização de materiais alternativos e a reciclagem dos já utilizados são soluções simples que podem gerar um benefício muito grande ao meio ambiente.

Construção das vias de circulação: Para circular, os veículos precisam de vias, e para a construção destas sempre é necessário modificar a paisagem, assim é comum desmatar áreas de vegetação nativa, impermeabilizar o solo, realizar grandes movimentações de terra e muitas vezes modificar cursos d'água. Assim é necessário um amplo estudo ambiental visando principalmente a preservação de áreas verdes e a menor intensidade do impacto ambiental na sua construção.


Este vídeo produzido pelo ONG WWF mostra de forma lúdica, através de um desenho animado, como o efeito que a devastação do meio ambiente tem ação recíproca, ou seja, tudo o que você pratica acaba repercutindo contra você. Observe o momento em que o óleo diesel vaza do caminhão e polui o ecossistema aquático da região, ocasionando assim a morte dos "patinhos"; este é mais um exemplo de como o transporte afeta o meio ambiente. Em caso de acidente em uma rodovia construida ás margens de um curso d'àgua a fonte de energia utilizada pelo meio de transporte pode vazar e assim causar um grande impacto ambiental em toda a localidade.

O impacto ambiental dos transportes

     Vivemos uma ilusão de fartura em transportes que está nos levando a um colapso de recursos naturais. A paisagem urbana contemporânea é marcada pelas vias de circulação e infelizmente, ainda há pessoas que vêem em viadutos e em grandes avenidas uma marca de progresso, mas a consciência ecológica nos levará a uma revisão de nossos hábitos de transporte.
     Reduzir é a solução preferencial. A solução de impacto ambiental zero é não ir. Por isso tente resolver seus problemas por telefone, pela internet ou por vídeo conferência. Se não for possível reduzir, devemos racionalizar o transporte com iniciativas como resolver vários compromissos em um único deslocamento ou levar mais pessoas no mesmo veículo. Nessa mesma linha, devemos optar pela forma de transporte com menos impacto ambiental.
     Veja abaixo uma tabela elaborada pelo Blog Transporte e Trânsito que nos revela qual o nível de impacto ambiental de cada meio de transporte separadamente.

 
Classe
Impacto ambiental
Meio de transporte de pessoas
A
Muito baixo
Caminhada
Bicicleta
B
Baixo
Tração animal (cavalo, jegue, boi)
Metrô
Ônibus elétrico
Trem elétrico
C
Médio
Ônibus a diesel
Carro a álcool
Carro a gás natural (4 passageiros)
Carro a gasolina (4 passageiros)
D
Alto
Motocicleta
Carro a gasolina (1 passageiro)
Carro a gás natural (1 passageiro)
Avião de carreira de grande porte
Veículo a diesel (4 passageiros)
E
Muito alto
Veículo a diesel (1 passageiro)
Helicóptero
Avião a jato executivo

terça-feira, 21 de junho de 2011

Transportes: fator determinante no desenvolvimento de uma região

     As infra-estruturas de transportes como estradas, pontes, túneis, vias férreas, aeroportos, portos marítimos e fluviais, quando bem aproveitadas, têm contribuído para reduzir as distâncias, permitindo ultrapassar barreiras físicas como rios e montanhas, condicionando a acessibilidade das regiões e, por isso, o seu desenvolvimento econômico e social.
     Hoje podemos dizer que os meios de transportes são responsáveis pela crescente mobilidade das pessoas; facilitam o desenvolvimento do comércio e das atividades produtivas; estruturam o espaço urbano; promovem a troca de produtos, bens, pessoas e informações; promovem as atividades econômicas e sociais, permitindo a implantação da indústria, o alargamento dos mercados e o aumento da produção; geram uma multiplicidade de serviços e de comércio e atividades produtivas; além inúmeras outras vantagens.
     Vale destacar que estes benefícios só se tornam realidade se houver uma política pública voltada para o setor de transportes, afinal um transporte de qualidade pode mudar o panorama social e econômico de uma região.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Acessibilidade nos transportes

     Um sistema de transporte desenvolvido e eficiente e que possua grande acessibilidade indica uma grande mobilidade, assegurando aos cidadãos que possui algum tipo de necessidade especial à oportunidade de terem uma vida normal.
     Ônibus com assentos para obesos, elevadores para cadeirantes e aviões com assentos diferenciados são exemplos de meios que permitem que tais pessoas possam desvendar à sua maneira novos ares.
     Atualmente a aprovação de leis que visam uma maior acessibilidade aos meios de transporte viabilizam e facilitam o acesso de todos à estes, e é somente com leis deste tipo e  a conscientização de toda a população é que podemos construir uma sociedade onde todos possam ter o direito de ir e vir.
     Assim compreender as necessidades do próximo é essencial para que possamos garantir que tais pessoas possam desfrutar daquilo que se encontra de uma certa maneira inacessível a elas.

Trânsito: problema de saúde pública

    No Brasil mais de 40.000 pessoas perdem a vida anualmente em acidentes de trânsito, mas esta situação podia ser diferente pois a maioria das causas destes podem ser evitadas.
   Velocidade excessiva, ingestão de bebidas alcoólicas e o desrespeito à sinalização são os fatores que mais contribuem para o elevado número de morte. Sendo assim, ações simples e a conscientização dos motoristas já seria o suficiente para evitar esta alta mortalidade no trânsito.
  Além do elevado número de mortes em nosso país o trânsito também é um dos principais agente causadores do stress, principalmente nos grandes centros, onde a saturação da malha já está bastante saturada. O modo de vida moderno que privilegia o tempo acima de tudo é por muitas vezes uma espécies de argumento para aqueles que se enfrentam no ruas. Brigas, desentendimentos e até mesmo mortes são fatos que já estão presente no cotidiano daqueles que utilizam a malha viária para se deslocarem.

Transporte escolar: uma triste realidade

   

     Quando o assunto é transporte escolar, o Brasil ainda não aprendeu a garantir a segurança dos estudantes. Dentro do já combalido sistema educacional brasileiro, este aspecto merece ganhar as atenções daqueles que pensam em um país digno. A questão do transporte escolar demonstra claramente o pouco caso com que a área da educação pública é tratada no país.
     Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília cerca de 30% dos veículos escolares são inadequados para o transporte de estudantes e a média de idade da frota brasileira é de 16 anos. Apesar de ser gratuito, o transporte é precário e inseguro; a precariedade é tanta que o número de horas-aula à que o estudante tem direito em vários casos chega a ser comprometida por conta das constantes quebras, falhas e acidentes envolvendo o transporte escolar.
      Nas regiões Norte e Nordeste do país essa situação é ainda pior, a falta de infra-estrutura das estradas e a falta de segurança dos ônibus agravam e muito essa situação e o elevado número de acidentes é reflexo desta precariedade.
      O dia-a-dia perigoso de milhões de brasileiros que tem que se deslocar de suas casas, sair bem cedo para fazer uma educação comprometida com os desafios deste país muitas vezes fica, literalmente, pelo meio do caminho, em atoleiros, em acidentes e em falhas mecânicas.
     E é nessa triste realidade que cerca de 7 milhões de estudantes brasileiros vivem. Veja abaixo uma reportagem exibida pelo Fantástico, na Rede Globo, que exemplifica esta situação de descaso com o transporte escolar em nosso país.



domingo, 19 de junho de 2011

Transporte de energia

     
     O transporte de energia por condutas tubulares tem sido incrementado ao longo do século XX para transportar à longas distâncias o gás natural através dos gasodutos e o petróleo  por oleodutos.
     Estes tipos de transporte de energia estão associados a um menor risco de poluição e a uma maior facilidade na distribuição e no acesso aos combustíveis; como permitem o escoamento de grandes volumes de combustíveis são considerados como a melhor solução para o transporte do gás natural e do petróleo, desde os locais de origem, de extração ou portos, até às refinarias e unidades petroquímicas. As condutas tubulares são muito utilizadas na ligação entre os portos marítimos e os locais de destino.
     As vantagens deste tipo de transporte está no fato de ser um meio seguro, pouco poluente, econômico em relação ao transporte marítimo, porém a dificuldade de armazenamento e de alterar o percurso e a quantidade transportada faz com que esta tipo de transporte muitas vezes seja deixado de lado.
     No Brasil um exemplo deste meio de transporte é o gasoduto Brasil-Bolívia, utilizado para transportar a gás natural boliviano para nosso país.


Transporte aquático

    
     Os oceanos, os mares e os rios foram muito utilizados no passado como vias de comunicação, para o transporte de pessoas e de mercadorias. Hoje, os transportes aquáticos são fundamentalmente utilizados no transporte de mercadorias a longas distâncias, em especial no transporte intercontinental. O transporte de passageiros é pouco significativo, sendo mais utilizado para curtas travessias e viagens turísticas.
     O transporte aquático tem grande importância nas trocas comerciais entre os países. A maior parte do comércio internacional de mercadorias é feita por via marítima. Este meio de transporte revela-se vantajoso no tráfego de mercadorias pesadas e volumosas, a longas distâncias, com preços relativamente econômicos, revelando-se muitas vezes o único possível quando se trata de trajetos intercontinentais. Atualmente eles tem sofrido grandes revelações tecnológicas, que se traduziram no aumento da velocidade, comodidade, dimensão e capacidade dos navios e de uma maior especialização, o que permitiu diminuir os custos de transporte a grandes distâncias.
     No Brasil esse tipo de transporte é muito utilizado na Amazônia, e apesar da hidrografia favorável, ainda contamos com pouquíssimas hidrovias. Os portos, por sua vez, estão sucateados, o que prejudica o processo de exportação brasileiro.

Transporte aéreo

     

     O avião é o meio de transporte que mais contribui para a diminuição da relação distância-tempo. Seu desenvolvimento se deu a partir da 2º Guerra Mundial, transformando-o num dos principais meios de transporte de passageiros e mercadorias.
     O transporte aéreo, ao percorrer rapidamente distâncias entre os diferentes locais a nível mundial, foi o que mais contribuiu para a redução da distância-tempo. Aliando rapidez e segurança, o avião suplantou o automóvel, o comboio e o barco no transporte passageiros a médias e longas distâncias.
     O avião é mais indicado para o tráfego de passageiros, dada a rapidez, a comodidade e até a segurança que oferece. A sua utilização tem vindo a aumentar muito significativamente em todo o mundo, para viagens longas e também para médias distâncias. Já em relação ao transporte de mercadorias, a sua utilização é restrita dada a fraca capacidade de carga e dos elevados custos de transporte, apesar de se registrar um aumento significativo. É especialmente indicado para o transporte de mercadorias leves, pouco volumosas, de grande valor unitário e perecíveis.
     No Brasil este tipo de transporte começou à se desenvolver nas últimas década, porém em vários momentos um verdadeiro "caos aéreo" tomou conta do país, dada à falta de infra-estrutura para este meio. Agora, com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, o Brasil se vê "obrigado" à melhorar esta situação.

Transporte ferroviário

 
     O transporte ferroviário conheceu nas últimas décadas sucessivas inovações ( eletrificação das redes, modernização das vias, sistemas de sinalização) que lhe permitiu adquirir maior velocidade, comodidade, especialização dos serviços (vagões-cisterna, vagões frigoríficos,entre outros) e um diminuição dos custos, devido à forte competição com os outros modos de transporte. Todas estas alterações contribuíram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias. Porém a partir de meados do século XX, à medida que os transportes rodoviários foram se desenvolvendo, o ferroviário foi perdendo competitividade, quer no transporte de passageiros quer no de mercadorias, apresentando atualmente uma utilização mais modesta, tanto nas ligações nacionais quanto nas internacionais.
     Os aspectos positivos deste meio de transporte começam a ser realçados num momento em que os países desenvolvidos aumentam as preocupações com a poluição, com o aumento do consumo dos combustíveis fósseis e com o aumento do congestionamento do tráfego rodoviário. Neste contexto, a via ferroviária apresenta-se como um meio de transporte economicamente vantajoso para o tráfego de mercadorias pesadas e volumosas, a médias e longas distâncias, com maior capacidade de carga que o transporte rodoviário, menor consumo de energia e menos poluição, ocupa menos espaço em relação as estradas e é mais confortável.
     O Brasil, ao contrário de outros países com dimensões continentais, não privilegiou o transporte ferroviário, e atualmente sente o reflexo da falta que este meio faz para uma maior mobilidade de pessoas e cargas.
  

Transporte rodoviário

 
                                                  
   Atualmente tem-se verificado um grande desenvolvimento e modernização dos transportes rodoviários, tanto a nível das infra-estruturas (pontes, túneis, estradas e auto-estradas) como do aumento da velocidade, a capacidade de carga e a especialização dos veículos. Tudo isto reflexo da diminuição dos custos de transporte e do aumento da sua competitividade face a outros meios, nomeadamente o ferroviário, a quem superou no tráfego interno de passageiros e mercadorias. O modo de transporte mais utilizado na deslocação de pessoas e de bens é o  rodoviário, pois apresenta uma grande flexibilidade, permitindo o transporte porta a porta e revela-se rápido e cômodo.
     Mas apesar do benefícios o crescimento deste meio de transporte tem-se traduzido no excessivo tráfego, especialmente nos grandes centros urbanos, onde os congestionamentos são cada vez mais freqüentes e intensos, principalmente nos horários de pico, num elevado consumo de combustível e num aumento da poluição e ao aumento do desgaste psicológico, à dificuldade em estacionar, entre outros.
     No Brasil este meio de transporte é o mais utilizado devido, principalmente, aos incentivos que os governos passados deram á este e ao fato que de em nosso país há uma extensa malha viária, o que facilita a mobilidade de pessoas e cargas.

sábado, 18 de junho de 2011

Os meios de transporte

    

     Transporte é sinônimo de uma atividade que visa levar algo através do espaço, ou seja, de um lugar para outro. Os transportes são imprescindíveis nas sociedades atuais e encontram-se em constante evolução. Os diferentes modos de transporte possuem um conjunto de estradas, vias-férreas, rios navegáveis, canais, oleodutos e gasodutos que se interligam, formando uma própria rede.
     A grande flexibilidade e mobilidade dos transportes permitiram o maior distanciamento entre as áreas de residência e as áreas de trabalho, levando à expansão das cidades. Os transportes são muito importantes para o desenvolvimento das regiões. O aumento da mobilidade permitiu desenvolver o comércio e, conseqüentemente, as atividades produtivas, quer a nível regional, quer a nível internacional, diminuir as assimetrias regionais e a melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da população. Ao mesmo tempo, ajudou à expansão de novas formas de organização do espaço, referindo-se a titulo de exemplo o crescimento dos subúrbios nas grandes cidades, à redistribuição espacial da população, como a eclosão e intensificação de movimentos migratórios, assim como à massificação de fenômenos sociais, culturais e econômicos, como é o caso do turismo.
     As principais redes de transporte utilizadas para o estabelecimento de ligações são: a rede rodoviária, a rede ferroviária, a rede marítima e a rede aérea. A escolha do modo transporte a utilizar depende de vários fatores, podendo enunciar-se como os mais importantes o custo do transporte, o tipo de mercadoria a transportar, a distância a vencer, o tempo gasto no percurso e o tipo de trajeto a percorrer.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

3) O transporte é uma mercadoria?
    
     A grande solução para resolver o problema trânsito nas cidades e todas as complicações que este gera, seria privilegiar o transporte coletivo, levando as pessoas a optarem por ele ao invés do individual.
     Acontece que a situação dos transportes coletivos no país é dramática. Os trens, metrôs, ônibus são insuficientes, muitas vezes mal articulados, desconfortáveis, principalmente pela superlotação e ainda por cima, caros; assim as pessoas evitam ao máximo usá-los.
     Existem várias razões para essa situação. A primeira é o interesse das empresas montadoras; melhorar o transporte coletivo significa a possibilidade de romper com o modelo rodoviário instituído no Brasil, além das empresas petroleiras e de combustível, autopeças, mecânicas ... ou seja, são muitos interesses privados que impedem uma melhoria no sistema de transporte que é de interesse de todos.
     Além disso, ainda existe o problema do gerenciamento do transporte coletivo, majoritariamente pela iniciativa privada. É importante entender que o objetivo dessas empresas é lucrar a partir do direito de ir e vir das pessoas. Para isso, a fórmula de todas as empresas é gastar pouco (com veículos, combustível, salário, manutenção...) e arrecadar muito dinheiro; com isso, os serviços são de baixa qualidade e por um preço elevado e como as pessoas precisam usar o transporte coletivo e não têm outra alternativa, terão que fazê-lo, mesmo que o transporte seja ruim.
     O transporte coletivo é cedido às empresas pelo modelo de licitação, que concedem o monopólio do transporte a alguma empresa por determinado tempo. Como é um negócio muito lucrativo, muitas vezes se instalam verdadeiras máfias na cidades que fazem acordos com políticos e ganham a licitação por várias vezes seguidas ou sequer elas acontecem. Em Juiz de Fora mesmo, há mais de trinta anos não há licitação e existem vários casos de escândalos de políticos envolvidos com suborno das empresas que operam os ônibus ... estranhamente familiar, não é ?!
     Além de tudo isso, enquanto geógrafos devemos nos propor a refletir também sobre o preço dos transportes. O elevado custo leva muitas pessoas a evitar ou desistir de se locomoverem. Em São Paulo por exemplo, um trabalhador que ganha um salário mínimo e paga duas passagens por dia, gasta quase um terço do seu salário com locomoção, se tiver família então, o caso se agrava. Como será possível então garantir à milhões de pessoas que se enquadram nesses e outros casos, o direito de ir e vir, se eles não tem dinheiro para isso?
     Nas cidades, os centros de cultura, lazer, consumo geralmente se encontram nos centros das cidades. Como garantir cultura à essas pessoas, se elas não conseguem chegar até lá?
     Além disso, o preço dos transportes é uma das principais causas da evasão escolar, quando o aluno ou a família não consegue pagar para chegar à escola ou universidade, acabam desistindo dos estudos temporária ou permanentemente.
     Para ser um direito de todos de verdade, o transporte deve se encontrar acessível para todas as pessoas. E somente um serviço público gratuito e de qualidade vai proporcionar plenamente o direito de ir e vir à todos os brasileiros, sem nenhuma discriminação.

terça-feira, 14 de junho de 2011

2) Eu também quero meu carro!
    
     Se formos analisar o transporte de pessoas no país, tanto para trabalho quanto para turismo, veremos que há a prevalência do sistema rodoviário. A grande precariedade do transporte coletivo e o incentivo das montadoras fez com que o carro se tornasse o meio de transporte predominante para todos aqueles que têm mínimas condições para tal.
     Isto se tornou um problema urbano por várias vezes: o primeiro é a insustentabilidade deste meio de transporte. Por ser individual ou no máximo familiar, o grande número de carros gera um grave problema de mobilidade nas cidades, principalmente metrópoles, que se expressa nos engarrafamentos quilométricos e caos que se instala no trânsito das grandes cidades.
     Além disso, existe o problema ambiental. Com o crescente aumento do número de carros cresce o nível de poluição gerada pela descarga dos resíduos dos combustíveis usados para gerar energia. Isso prova as condições ambientais nas cidades e a qualidade de vida das pessoas. Além dos gases do Efeito Estufa, a poluição gera problemas respiratórios, o que agrava situação da saúde pública nas cidades.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

1) O transporte no Brasil é rodoviário.

     A partir da análise dos dados é possível perceber que no Brasil existe uma larga vantagem na utilização de estradas rodoviárias para transportar  passageiros e cargas (ver gráfico ao lado). Os outros meios de transporte  existem mas têm importância irrisória perto da quantidade de rodovias. O que é desproporcional, inclusive em comparação com outros países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
     Tudo começou  com o presidente Juscelino Kubitschek , em 1945, com a política nacional-desenvolvimentista, que visava atrair as empresas multinacionais para industrializar e "desenvolver" o país. Para isso, dava vários incentivos as companhias, inclusive a Volkswagen e outras montadoras, que vieram para o Brasil sob o acordo de que o presidente construiria uma estrutura de transportes no país adaptada e própria à venda de carros. A partir daí, foram construídas as maiores rodovias e a própria arquitetura de Brasília (1950) é emblemática para comprovar isto.
     Muita coisa mudou de lá para cá, mas podemos ver que esse postulado ainda se mantêm. As rodovias, embora mais inseguras, mais caras e mais insuficientes que outros meios, ainda é o transporte de carga e pessoas mais utilizado. No transporte de cargas, por exemplo, muitos geógrafos chegam a dizer que o "caminhão move o Brasil", pois este é o veículo que transporta mais de 70% das mercadorias que circula no mercado interno.

domingo, 12 de junho de 2011

A crise dos meios de transporte no Brasil



     Olhando para a realidade, tanto das pequenas e médias cidades, quanto das metrópoles, e do país como um todo, veremos que hoje existe uma grande deficiência  nos meios de transporte, que ligam tanto o meio urbano quanto o rural, relacionado com vários fatores: a incapacidade, insuficiência, ineficiência, alto custo e poluição dos meios de transporte. Todos esses fatores combinados fazem enxergar que, embora a lei exista, a grande maioria dos brasileiros está privada ou muito prejudicada no seu direito de ir e vir no território brasileiro.
     Para entender todo esse problema é necessário analisar tanto o passado histórico quanto o modelo atual dos meios de transporte no Brasil; que têm, por sua vez, três características básicas, que se tornaram os três problemas centrais nos dias de hoje.